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Carnival Of Souls – Kiss (1997)

Kiss - Carnival of Souls (1997) | Discoteca Básica

Ao fazer uma seleção de faixas para uma playlist que estou montando, fui atrás de algumas músicas do Kiss, como “Forever” e “Every Time I Look At You” e acabei por cair num disco de 1997: “Carnival of Souls – The Final Sessions”.

Eu nunca dei a menor pelota para o Kiss (fãs, não me pré-julguem). Acho legais algumas faixas, como “Lick It Up”, “Detroit Rock City”, “Rock And Roll All Nite” ou “I Love It All”. Até mesmo “I Was Made for Lovin’ You”, que dizem é fruto de uma aposta sobre compor uma música de sucesso. E hoje é, talvez, a música mais executada dos mascarados.

Mas vou confessar uma coisa: quando cheguei no Carnival of Souls, parei e fiquei. É um disco totalmente diferente do Kiss que se conhece por aí. A atmosfera é toda grunge e acho que por conta dessa sonoridade suja e mais lenta, que o disco foi parar direto no hipotálamo.

Esse disco foi o último disco lançado pelo grupo sem o uso das máscaras e antecessor da Psycho Circus, que marca a volta do uso das pinturas e que trás o Kiss de volta ao seu universo hard rock. É um álbum bastante controverso, já que a sonoridade grunge desagradou alguns fãs mais radicais e ao mesmo tempo angariou alguns novos.

O disco foi gravado entre 1995 e 1996 e conversando com um fã ardiloso da banda, ele me disse que o projeto estava engavetado e ficou por um tempo até eles decidirem lançar em 1997.

Este disco não recebeu a certificação do RIAA, que é uma associação de gravadoras dos Estados Unidos e que entrega um disco de ouro para 50 mil cópias vendidas, mas mesmo assim, foi considerado um dos melhores discos grunge dos anos 90.

Prestando atenção em cada uma das faixas, eu percebo um Gene Simmons mais do que amadurecido e com uma linha de baixo bastante pesada e introspectiva, por vezes soando bastante hipnótica. Ouça e tente entender o que estou falando. As faixas “I Walk Alone” e “Jungle”, mostram bastante essa impressão que eu tenho.⠀

É bastante difícil de reconhecer a voz do Paul Stanley, principalmente para mim, que pouco ouço a banda, mas ela é bastante característica e fica mais reconhecida nos seus famosos gritos. Ouça a faixa “Jungle”!

Para mim, ao falar em Kiss, o que me vem a cabeça são sempre Paul e Gene. Os outros me deixam a impressão de serem sempre mais secundários, quase que contratados da banda. Neste disco estão o baterista Eric Singer e o guitarrista Bruce Kulick que faz o vocal principal em “I Walk Alone”. É o último disco do Eric, até a sua volta na banda em 2003. Já Bruce Kulick deixou a banda logo após o lançamento de Carnival e entrou para uma banda chamada Union, que tinha John Corabi (ex-Mötley Cure) como vocalista e lá ele fez suas versões para as mesmas “Jungle” e “I Walk Alone”.

É interessante ouvir este disco em sua totalidade. Na minha opinião, Carnival Of Souls mostra um Kiss mais adulto, mais pesado e mais melancólico. O fato de não estarem com as máscaras ajudam um pouco nisso, eu acho. Mas é só um achismo!

Destaque para as faixas já citadas, “Jungle” e “I Walk Alone”. Também gostei muito da “It Never Goes Away”, “Master & Slave” e a baladinha “I Will Be There”.

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