Se tem uma banda que eu aprendi a gostar meio que tarde demais, foi o Anthrax. E o culpado foi esse disquinho aí da foto. “For All Kings”, de 2016, foi o culpado por me fazer ouvir a discografia de ponta-a-ponta. Se for usar o FAK como referência aos outros trabalhos da banda, a impressão que eu tenho é que um trabalho extremamente maduro, que eu acho que se deve a dois membros da banda: Scott Ian, o guitarrista e único membro desde a sua fundação em 1981, e Joey Belladona, o vocal, que também participou no início da banda e entre idas e vindas, está na formação atual.
O disco é bem pesado, se comparado aos trabalhos anteriores, sempre mantendo aquela tonalidade crua do trash metal dos 80 e 90. Você pode perceber isso nas faixas “You Gotta Believe”, “For All Kings”, “Suzerain”, “Evil Twin” e “Breathing Lightning” que tem um tom um pouquinho (mas só um pouquinho) melódico e que é a predileta da casa. Quando eu ouvi o Anthrax pela primeira vez, eu ouvi junto, na mesma sequência, Iron Maiden (The Number of The Beast, 1982), Slayer (não me lembro qual foi) e Metallica (Master of Puppets, 1986). Enfim, o “For All Kings” é um disco sensacional e que chega um pouco perto do idolatrado “Among The Living”, de 1987. Ambos deveriam estar nas prateleiras de qualquer headbanger que se preze (senta, que lá vem porrada de todos os lados).